“Saudações a todos. Nasce o Estandarte do Povo - movimento político e cultural - que tem o intuito de fazer reverberar a voz de qualquer um que se proponha a propagar conhecimentos livres e libertadores. A intenção é trazer a todos, importantes contribuições que têm se perdido no tempo. Venha conosco, leia e contribua para que o Estandarte possa de fato alcançar sua meta. Deixe o Estandarte do Povo passar!”

Ricardo Maciel, Robson Rocha e Wadson Xavier.

Contribuições pelo E-mail: estandartedopovo@hotmail.com

Deixa o estandarte do povo passar
eu quero ver esta gente cantar
cantando a plenos pulmões
a alegria dos corações
que ainda precisam
do samba pra chorar

Canta, minha gente canta
Deixa o estandarte passar
que o carnaval da gente
ele veio inaugurar

Eu vou cantar com empolgação
na avenida encontrei a redenção
Vou seguir os passos do poeta,
agora é a vez da nossa festa!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Homenagem ao violeiro do calçadão

Esse homem estava sempre lá.
Com sua viola, era parte da paisagem.
Ouvia-se a voz e a viola
O olhar procurava quem
A figura era mais marcante ainda
Um legítimo preto-velho
Já era lenda
Tudo normal no Calçadão
Tem história pessoal
Mas fica na história da cidade
Nas cabeças dos que viram e ouviram
Berrar o Velho!
Seu nome descubro agora
Senhor Antônio Macário
Lendário!

Sobre o tráfico de drogas

Olha aí minha gente, mais uma vez o os pseudo-reacionários de plantão no Facebook resolveram apontar mais um culpado para as mazelas da República, agora a solução do país é acabar com os usuários de drogas ilícitas, ou como eles mesmos dizem: os financiadores do tráfico, vejamos:


  
Agora a política de combate, repressão e extermínio da população pobre, excluída e marginalizada é culpa dos usuários de drogas ilícitas. Vamos desconstruir o mito do senso comum raso (muito raso).

Então a solução seria a elite não consumir drogas ilícitas, parar de subir o morro e pegar o seu “produto” e voltar pra sua casa e desfrutar dos efeitos alucinógenos. Assim o tráfico não teria demanda para vender seus “artigos” e conseqüentemente estaria desmonetarizada para adquirir armamentos e enfrentar a violência institucionalizada.

Ora, a coisa é mais embaixo, como todos sabem o Brasil é rota internacional do tráfico, não é produtor, é distribuidor internacional. As fronteiras brasileiras (também é por lá que as armas entram) são vigiadas pela Policia Federal, logo o primeiro muro a ser erigido seria fechas as portas de entrada da “matéria prima”. O governo não foca nisso, pois na sua estrutura política e administrativa existem agentes “infiltrados” que colaboram para que o produto possa seguir seu caminho natural até a Europa, EUA e o restante do mundo. É lá que está a grande fonte de lucros do tráfico, não no consumidor brasileiro que pega a rapa do tacho, fazendo uma analogia com o café, ficamos apenas com o produto de baixa qualidade.

Porém, é mais fácil jogar a culpa na sociedade brasileira que se droga e financia a matança dos pobres e dos agentes da lei - heróicos defensores da ordem e do progresso, uma verdadeira tropa de elite (ou seria tropa DA elite?) - que por sua vez também são vítimas, não da sociedade civil, mas do seu próprio governo corrupto, criminoso e exportador de drogas.

Vamos povo brasileiro, faça sua opção legal, pra que maconha? Temos ansiolítico na farmácia, consulte seu médico, pegue sua receita. E os que gostam de ficar ligado? Temos anfetaminas da melhor qualidade! Ora, quero só passar o tempo, uma recreação menos burocrática. Ah, sim! Por que não disse logo, temos álcool de todas as qualidades, para o rico (uísque) e para o pobre (cachaça, produto internacional!) tudo nos conformes. E o cigarrinho? Baratíssimo! Temos também.

Hummm... ainda não me convenceu, cigarro dá câncer entre outras coisas menos pavorosas, a bebida mata, mata na direção, mata nos bares, o pai de família chega em casa e espanca a turma toda. Pra não falar no SUS que já está abarrotado cuidando desses perdidos que não sabem se drogar socialmente e com moderação.

Mas é melhor assim povo brasileiro, seu baseado mata inocente e financia o tráfico! Você não pode ter um prazer recreativo e esquecer a sua consciência social, cidadão! Ficamos assim? Você se droga dentro da lei, a gente cobra o imposto e te garante uma vaguinha no SUS, sempre tem lugar pra mais um!

Caso todo mundo aceite esse discurso governamental, o restolho do tráfico internacional não vai deixar manchas na sociedade brasileira. O policial será cordial, o favelado pacato, o cidadão consciente. Será? (tem gente que vai fazer uma reflexão profunda, já é alguma coisa).

A única certeza que tenho é que o governo continuará sendo governo, cobrando impostos e culpando alguém. É mais fácil (e até educativo) jogar a sociedade contra ela mesma, para que aprenda a pensar por si própria e se volte contra seu inimigo comum. Não é isso a democracia?

Sobre cotas raciais e sociais

Fico impressionado com a falta de profundidade no pensamento das pessoas em relação ao sistema de cotas, principalmente para negros, comprovei isso nos famosos banners divulgados no Facebook, vamos dar uma olhada:



A “lógica” desse pensamento raso é de que todos são iguais, portanto, devem competir juntos a uma vaga na universidade. Mas se analisarmos um pouco a questão veremos que não é bem assim.

Não preciso apresentar aqui gráficos ou estatísticas para demonstrar que, hoje, as universidades públicas (e também as particulares, mas vou me ater aquelas, já que se trata de política pública) têm poucos alunos negros em relação a esta população no Brasil. Basta entrar em uma UF e constatar.

O pensamento comum, superficial, entende que o governo subestima os negros criando formas de ingresso segregado, como se estes não tivessem capacidade para o ingresso na Universidade.

Na verdade, sabemos que historicamente a população brasileira pobre (e honesta) luta para pagar as contas no fim do mês, não restando tempo para se dedicar aos estudos, muito menos bancar bons colégios e cursos que dão base de entrada para as Universidades Públicas. Com raros heroísmos algumas pessoas conseguem furar o “esquema” e atingir o ensino superior.

Assim, as cotas garantem a população pobre e estigmatizada (sim, porque conhecemos “a cara” do pobre no Brasil: é negra, é nordestina, é mestiça, é parda) uma repartição das vagas de maneira mais justa ao reservar (sim, é necessário reservar) uma parte do ensino superior aquela população historicamente excluída e majoritária que se mostrou mais capacitada no processo de seleção.

Ainda assim sobra o argumento, também comumente usado, de que os profissionais formados serão de nível intelectual baixo, com aquelas famosas frases do tipo “Você se consultaria com um médico que ingressou pelo sistema de cotas?”. Sim, aliás, não me interessaria pelo tipo de critério usado no ingresso de profissionais no ensino superior.

A formação acadêmica, a grade curricular, o sistema de avaliação nas disciplinas é o mesmo para cotistas e não cotistas. Se o cotista é intelectualmente incapaz de exercer determinada profissão, será barrado no seu caminhar acadêmico da mesma forma que o aluno não cotista.

É preciso discernir que o Vestibular, ENEM ou seja lá qual for a forma de ingresso, acaba no momento da matricula. Daí pra frente, começa uma nova caminhada acadêmica. Se pensarmos que o classificado em 1º lugar no exame será necessariamente o mais brilhante acadêmico, ele não precisaria se submeter a provas, testes e trabalhos em sua formação superior.

Deste modo, as cotas são uma forma de garantir o acesso - mais condizente com o retrato demográfico – de populações colocadas a margem e sem participação efetiva na chamada elite intelectual brasileira.

Concordo que a melhor forma seria garantir meios de vida e educação de base igual para todos, mas isso não sendo possível de forma imediata e nem num futuro próximo (por diversos motivos que não cabe discorrer aqui) sou favorável ao sistema. Respeito aqueles que discordam, contanto que fundamentem seu pensamento de maneira um pouco mais profunda, que analisem a questão, desconstruam a aparente coerência do senso comum que anda muito, muito baixa.

E nunca é demais lembrar que situações desiguais devem ser tratadas desigualmente para que se atinja a real isonomia.

sábado, 6 de outubro de 2012

Amanhã, vote consciente.


O Estandarte do povo acredita que mudanças as mudanças sociais se dão, em um estado democrático, por meio da representação política em sua forma mais direta possível.

Acreditamos também, que o atual estado de alienação popular, no que diz respeito à representação democrática – fruto de inegáveis fatores históricos do nosso povo – pode e deve ser transformado paulatinamente em conscientização política.

Para isso, cabe àqueles que têm – a qualquer nível – uma opinião a respeito do “tema político” manifestar-se, sobremaneira, em época eleitoral, momento decisivo para os cidadãos escolherem aqueles, entre os seus, que irão representá-los durante um mandato de 4 anos.

Em nossa visão, o período eleitoral representa, para além de um grande circo midiático que é montado, a escolha de concidadãos que irão fiscalizar, discutir, elaborar, aprovar ou vetar normas visando atender ao interesse público daqueles que os delegarão tão nobre função: a de portar a voz do povo.

Porém, sabemos o que realmente se passa em grande parte – devido, justamente, a falta de consciência, participação e cobrança popular – uma verdadeira competição entre facções para a defesa de seus interesses privados.

Nada melhor para definir a situação da política brasileira, do que as palavras ainda vivas de Oliveira Vianna (1949):

“Clã feudal e clã parental, já o vimos, eram, desde o primeiro século, puras organizações rurais votadas ambas à defesa pessoal dos seus membros, exclusivamente consagradas a este objetivo privado. Ora, esta motivação privatista passou a ser a força íntima inspiradora dos nossos "clãs eleitorais", como dos nossos "partidos políticos", provinciais ou nacionais. Estes ficaram sendo, assim, simples organizações de interesse privado com funções no campo político. E, até agora, nunca puderam libertar-se -- mesmo os grandes partidos nacionais – desta eiva trazida pela sua composição basilar. (...)

Nossa vida administrativa e nossa atividade idealista e política é -- nas suas expressões mais altas -- um pura criação pessoal e exclusiva de alguns homens independentemente de qualquer sugestão vinda do povo. O que se tem feito de grande neste sentido é sempre o produto de individualidades marcantes e superiores – e não de estrutura culturológica de massa, da capacidade política da população em geral.”

Desta maneira, acreditamos que cabe ao “candidato” e ao “eleitor” expressar suas intenções e anseios de maneira sincera, transparente e compromissada como o nosso espaço comum – a cidade.

VOTE CONSCIENTE!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Considerações sobre a atual greve no serviço público federal e funcionalismo público de maneira geral

O serviço público de maneira geral é mal organizado, remunerado e provido. Os servidores federais estão anos-luz à frente de outras categorias profissionais em matéria de reinvidicações de direito, consciência pública, valores sociais e democráticos.

Seu padrão organizacional, deve-se de maneira geral, ao alto nível de instrução dos ocupantes de cargos públicos federais, detentores de grande influência na sociedade - por tratar-se de funções estratégicas para a construção social de qualquer país, cuja pretensão seja democrática ou não.

A realidade do serviço público brasileiro (em todos os níveis de poder, sobretudo, o municipal) é calamitosa. São bons exemplos disso o loteamento político através de provimento maciço e inconstitucional  de funcionários comissionados e contratados, bem como o pagamento de salários atrasados e defasados. Situação que  - além de prejudicar a abertura de concursos públicos com amplo número de vagas a serem efetivamente preenchidas - afeta o planejamento responsável do orçamento por parte dos gestores públicos. Pois ao não se estabelecer planos de carreiras, torna-se impossível ter controle e previsão de gastos do Erário, o que afeta o investimento de recursos estatais.

O que deveria ser a regra, torna-se exceção: ainda vemos nos dias atuais, uma massa de apaniguados perpetuar o clientelismo político em diversas cidades brasileiras; o que impede a democratização no atendimento aos cidadãos nas mais variadas áreas sociais (educação, saúde, cultura, esportes, meio ambiente, dentre outras); fere a isonomia ao favorecer determinadas classes de cidadãos e o mais grave: transforma o serviço público em mero emprego de cabide.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Um país sem ciência e tecnologia é um país sem soberania.

O ESTANDARTE apoia a greve dos professores universitários e dos funcionário da CAPES!

DEMOCRACIA JÁ!!!!!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Domingo Espetacular -12/02/12- Rede Globo é expulsa de manifestação de p...


Depois de algum tempo parado, agora o ESTANDARTE volta com um fato importante para a nossa democracia. Finalmente vimos reverberar nossa indignação com a REDE GLOGO. O fato aconteceu no Rio de Janeiro/RJ, quando policiais e bombeiros em manifestação expulsaram a Rede Globo do local e impediram sua reportagem, por considerá-la TENDENCIOSA, o que, diga-se de passagem, há muito tempo já é óbvio.

FORA REDE GLOBO, O POVO NãO É BOBO!

E nossa democracia está cada vez mais madura...