“Saudações a todos. Nasce o Estandarte do Povo - movimento político e cultural - que tem o intuito de fazer reverberar a voz de qualquer um que se proponha a propagar conhecimentos livres e libertadores. A intenção é trazer a todos, importantes contribuições que têm se perdido no tempo. Venha conosco, leia e contribua para que o Estandarte possa de fato alcançar sua meta. Deixe o Estandarte do Povo passar!”

Ricardo Maciel, Robson Rocha e Wadson Xavier.

Contribuições pelo E-mail: estandartedopovo@hotmail.com

Deixa o estandarte do povo passar
eu quero ver esta gente cantar
cantando a plenos pulmões
a alegria dos corações
que ainda precisam
do samba pra chorar

Canta, minha gente canta
Deixa o estandarte passar
que o carnaval da gente
ele veio inaugurar

Eu vou cantar com empolgação
na avenida encontrei a redenção
Vou seguir os passos do poeta,
agora é a vez da nossa festa!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

KALASHNIKOV


Não percam a inauguração do CENTRO CULTURAL ESTANDARTE DO POVO, que, com a parceria da Funalfa, promove o seu evento de inauguração. Kalashnikov é o nome de um festival que promete ser periódico e que tem o intuito de movimentar o contexto cultural da cidade de Juiz de Fora/MG, ao abrir um espaço de exposição para seus artistas. No dia 10 de Dezembro de 2010 acontecerá a primeira Kalashnikov, que contará com apresentação dos já renomados "São do Mato" e "Vinil é Arte" que animarão a festa do início ao fim. Além disso, será oferecido também uma exposição de fotos, uma exposição sobre o candomblé brasileiros - organizados pelo movimento negro da cidade, além de uma apresentação comandada pelo Instituto Cultura do Samba de suas duplas oficiais de Metre-Sala e Porta-Bandeira.
Não nos faltam indícios da importância desta festa e de como ela abrirá caminho para uma nova forma de iniciativa cultural na cidade, mais ativa e participante. Tudo isso faz com que esta festa seja imperdível, o que se comprova pelo fato de contar com a presença e a colaboração de tantos orgãos e movimentos culturais e sociais atuantes da importante cidade de Juiz de Fora/MG.

O ESTANDARTE DO POVO CONTA COM A PRESENÇA DE TODOS VOCÊS NESTA NOITE ESPECIAL!


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Blogueiros entrevistam Presidente LULA

Com o apoio do ESTANDARTE DO POVO:

Venham conferir a festa que marcará a inauguração oficial do Movimento Cultural e Político "ESTANDARTE DO POVO"


SINDIFISCO/MG "A Verdade sobre o 'Choque de Gestão' do Governo de Minas"

A SINDIFISCO/MG (Sindicato dos Auditores Fiscais de Minas Gerais) publicou e lançou ontem (25/11/2010) um documento histórico que analisa o "Choque de Gestão" do governo de Minas Gerais e aponta para uma série de indicadores que deixam claros a ineficiência e a perversidade social desta política de Estado que, através de arrocho salarial e redução de investimentos sociais (em educação e saúde), possibilitaram o superávit das contas públicas que foram e ainda são tão comemorados pelo atual governo que já está há 8 anos no poder e ainda permanecerá por pelo menos mais 4. Segundo o documento, que fora debatido pela Comissão de Participação Popular da ALMG, proposto pela oposição do Governo (PT/PC do B) e também realizada na data de ontem, os investimentos sociais caíram de algo em torno de 60% do PIB ao ano para quase 40% ao ano, fazendo com que Minas Gerias figure entre os Estados que menos investiram em Educação e Saúde nos últimos anos dentre todos os os membros da federação.
A perversidade desta política fica ainda mais latente quando se verifica que, por outro lado, Minas Gerias foi o Estado que mais investiu em Segurança, o que significa que, se não tem escola e hospital, sobram cadeias, como perceberá apropriadamente o Deputado Carlin Moura (PC do B). Na verdade, o governo do Estado sequer chega a cumprir as medidas constitucionais de investimento na saúde que exigem pelo menos 25% do PIB do Estado para esta área (De acordo com as contas apresentadas pelo documento, os investimentos estão pouco acima de 20%).

Será mesmo que nosso atual governador merece a aprovação de 60% dos mineiros? Mas, então, como foi possível uma votação tão expressiva?

Como o mesmo documento atesta, Minas Gerais também foi um dos Estados que mais gastou com PROPAGANDA (1 bilhão de reais), o que aponta para a lavagem cerebral a qual está sendo submetida a população mineira. É preciso que isso seja denunciado sob pena de vermos nosso Estado afundar num caos social cada vez mais profundo. Fiquemos atento, portanto.

A Revista está disponível no site do SINFISCO/MG: http://www.sindifiscomg.com.br/cartilhas/Cartilha/cartilha.pdf

ESTANDARTE sobre o Projeto de Resolução (PRE) 4.999/10 Autor: Comissão de Constituição e Justiça Situação: prosseguimento de discussão em 1° turno

O projeto de lei a seguir permite ao poder executivo legislar e suspende a atividade própria do poder legislativo por considerar que interesses pessoais ou partidários poderiam interferir na elaboração deste projeto. ISSO É UM ABSURDO, porque é inconstitucional, na medida em que fere a autonomia dos poderes e nada mais é do que um golpe de Estado, já tão costumeiros e sempre comandados pelo PSDB, como no caso da emenda constitucional de 1998 que permitiria a reeleição de FHC no mesmo ano. FIQUEMOS ATENTOS CIDADÃOS MINEIROS, porque o legislativo é a expressão mais legítima do poder popular, como já afirmara LOCKE, o que faz com que este projeto de lei seja totalmente ditatorial e contrário ao funcionamento sadio do poder que expressa os interesses imediatos da população.

A oposição, composta principalmente pelos deputados do PT e do PC do B, vêm tentando impedir este absurdo, mas provavelmente não conseguirão, pois são minoria na ALMG.

Robson Rocha de Souza Júnior

FONTE: http://www.almg.gov.br/assessoria_imprensa/BIP/BIP2511201009.pdf

Projeto de Resolução (PRE) 4.999/10
Autor: Comissão de Constituição e Justiça
Situação: prosseguimento de discussão em 1° turno

Proposição Original

Delega ao Governador do Estado atribuição para elaborar leis delegadas dispondo sobre a estrutura da administração direta e indireta do Poder Executivo. A delegação pretendida pelo governador, a vigorar até 31 de janeiro de 2011, tem por finalidade a estruturação da administração pública direta e indireta, para execução do Plano de Governo "Minas de todos os Mineiros: as redes sociais de desenvolvimento integrado". De acordo com o relator, em seu parecer, o objeto da delegação legislativa consiste "em uma ampla reforma administrativa no âmbito do Poder administrador, pois alcança tanto os órgãos da administração direta ou centralizada quanto as entidades da administração indireta ou descentralizada." Por meio da delegação, o governo pretende ter autorização para criar, incorporar, transferir, extinguir e alterar órgãos públicos, inclusive autônomos, ou unidades da administração direta, bem como
modificar a estrutura das entidades da administração indireta, definindo suas atribuições, objetivos e denominações; e ainda alterar as vinculações dessas entidades. A delegação servirá também, segundo mensagem do Executivo, para criar, transformar e extinguir cargos de provimento em comissão e funções de confiança dos órgãos e entidades do Poder Executivo, bem como gratificações e parcelas remuneratórias inerentes, alterar-lhes as denominações, atribuições, requisitos para ocupação, forma de recrutamento, sistemática de remuneração, jornada de trabalho e distribuição. Por fim, o governador solicita que sejam delegadas competências também para proceder à realocação de atividades e programas no âmbito do Poder Executivo."

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Lula assegura que o pobre é quem paga melhor suas dívidas

Lula assegura que o pobre é quem paga melhor suas dívidas

Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou hoje (17) que o pequeno tomador de empréstimo “é quem paga melhor suas dívidas”, porque ele precisa manter o patrimônio, que muitas vezes consiste apenas no nome, que ele deve preservar. São os mais pobres, portanto, os melhores pagadores e menos responsáveis pela inadimplência no sistema financeiro, disse Lula.Essa constatação, segundo ele, dá a ideia exata da importância de se criar condições para que cada vez mais brasileiros usufruam os benefícios que o estado moderno pode oferecer. Segundo ele, essa preocupação esteve sempre presente na sua administração, porque tem consciência de que “pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda”.As afirmações foram feitas no 2º Fórum Banco Central de Inclusão Financeira, aberto hoje (17) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Lula levou uma saraivada de números para mostrar o que foi feito em seu governo para criar condições financeiras para as populações de baixa renda, para as pequenas empresas e empreendedores.Lula lembrou que de modo geral “as pessoas perdem a dimensão de importância das coisas pequenas, principalmente quem lida com muito dinheiro e só se preocupa com milhões”. Não é o caso, porém, disse ele, de uma experiência bem sucedida de banco comunitário, nascida em Fortaleza, que promove inclusão bancária com pequenos depósitos e hoje está presente em 51 localidades desassistidas de nove estados.O presidente destacou o grande impulso que o microcrédito teve em seu governo para abrir portas aos pequenos empreendedores. Citou também o “crescimento extraordinário”, no seu entender, do aumento do crédito consignado em folha de pagamento, com juros bem mais baixos que os custos de mercado, bem como a inclusão de mais de 45 milhões de pessoas no sistema bancário, de 2003 para cá.Tudo isso são formas de criar oportunidades para os mais necessitados e razão, em parte, da alta popularidade de seu governo, afirmou. Lula destacou que muito foi feito em seu governo pelos mais pobres, mas reconhece que ainda resta muito por fazer nesse aspecto, pois “os avanços sociais acontecem mais, à medida que a sociedade avança, pede e exige mais”.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Regulamentação da mídia não é sinônimo de censura

Seminário internacional em Brasília discute normas que já existem em países desenvolvidos. Mas grandes grupos de comunicação querem que tudo continue como está

Mais do que buscar fontes de inspiração para seu próprio projeto de controle social da mídia, o Seminário Internacional Comunicações Eletrônicas e Convergência de Mídias, promovido pela Secretaria de Comunicação da Presidência esta semana em Brasília, parecia ter o intuito de tentar tranquilizar setores supostamente preocupados com a liberdade de expressão. Afinal, mostrou o encontro, a regulamentação é uma realidade em países desenvolvidos como o Reino Unido, a França e Canadá, entre muitos outros. Mas que nada: ao noticiar que o ministro Franklin Martins iria “insistir” no projeto, os jornais e tevês brasileiros voltaram a bater na tecla da censura.

Franklin chegou a dizer que as críticas ao projeto, que, apostou, será mesmo apresentado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, não passam de subterfúgios, porque não existe possibilidade de censura. “Essa história de que a liberdade de imprensa está ameaçada é bobagem, fantasma, é um truque. Isso não está em jogo”, afirmou. Rapidamente, a Abert (Associação das Emissoras de Rádio e TV) reagiu. “Enxergamos de modo diferente. Não estamos vendo fantasmas. São coisas que estão acontecendo”, disse Luis Roberto Antonik, diretor-geral da entidade, embora ponderando que Franklin nunca tenha usado “o poder dele para restringir a liberdade de expressão”.

Na quarta-feira 10, último dia do seminário, o ministro da Secom voltou a reafirmar que a intenção do governo é, como acontece nos demais países, estabelecer obrigações, não proibições, em termos de conteúdo, como por exemplo a proteção da língua, da cultura nacional e das crianças e menores de idade. “Estes fantasmas deveriam ficar no sótão, a regulação não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Na maioria dos países, quando se fala em regular conteúdo, não se fala em censura. Não tem volta de dona Solange”, disse Franklin, em referência à famosa censora do cinema e da TV da época da ditadura militar. 

Ao que tudo indica, todos estão surdos. Fala-se em controle social e os donos de jornais e tevês escutam “censura”. Nos principais sites informativos dos maiores grupos noticiosos, durante os dois dias em que aconteceu o seminário o projeto idealizado pelo governo era descrito como de “controle da imprensa”. Por trás da preocupação com a liberdade de expressão, porém, esconde-se o real temor, por parte das “nove ou dez famílias” que controlam a comunicação no país (para usar as palavras do presidente Lula) de que o projeto do governo represente desconcentração do setor. 

“A Sociedade Interamericana de Imprensa é um grupo de empresários, donos de jornais, preocupados em defender seu negócio. A liberdade de expressão pertence aos cidadãos, não é propriedade deles”, declarou Gustavo Bulla, diretor Nacional de Supervisão da AFSCA (Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual), órgão regulador argentino. Simultaneamente ao evento brasileiro ocorria em Mérida, no México, a 66a. reunião da SIP, que reuniu editores e executivos de jornais e meios de comunicação das Américas. A entidade mostrou sua “preocupação” com a iniciativa tomada por alguns Estados brasileiros de criar agências reguladoras de mídia, e pediu aos governadores “veto sumário” às propostas.

Segundo o ministro Franklin Martins, cada país possui seu próprio modelo regulatório, e o Brasil ainda vai escolher o seu. O exemplo da Argentina é instigante. A lei sancionada há um ano pela presidente Cristina Kirchner não tem nada a ver com a venezuelana, como se acusa, e sim com os modelos canadense e norte-americano. “Como no Brasil, também fomos chamados de ‘chavistas’”, conta Bulla. “Isso se faz para colocar medo nos cidadãos.” O que não significa que os argentinos não foram ousados em sua proposta. Não à toa, o maior grupo de comunicação do país, o Clarín, vive às turras com o governo e é considerado “o maior partido de oposição” a Kirchner.

Se já há tanta polêmica no Brasil em torno do marco regulatório, imaginem se fosse feito aqui o que ocorreu na Argentina: em agosto do ano passado, a transmissão das partidas de futebol foi simplesmente “estatizada”. Bulla conta que, como os jogos eram transmitidos via TV a cabo, isso fazia com que uma parte enorme da população não tivesse acesso ao futebol a não ser em locais públicos, como restaurantes, bares e pizzarias. O governo decidiu, então, negociar com a AFA (Associação de Futebol Argentino) a compra dos direitos de transmissão e propôs pagar o dobro do que oferecia o Clarín e a empresa Torneos y Competencias, detentores dos direitos havia 18 anos. 

Desde então, todo mundo tem acesso aos jogos via TV estatal, o canal 7. “Eles tentaram ir à Justiça contra a decisão do governo, mas não conseguiram nada”, conta Bulla, citando uma frase do popular locutor esportivo Victor Hugo Morales: “Os direitos exclusivos do futebol foram o cavalo de Tróia da concentração dos meios de comunicação na Argentina”. Além de democratizar o acesso ao futebol, a lei significou não só desconcentração econômica como cultural. 

Antes, como as rádios de todo o país apenas repetiam a programação vinda de Buenos Aires, um habitante da Patagônia, por exemplo, acordava com notícias sobre o tráfego na capital e não sobre sua própria região. “Isso matava as manifestações regionais de cultura”, diz Gustavo Bulla. Com a nova lei, a mera repetição de conteúdo foi restringida, assim como a possessão de até 24 concessões por um mesmo grupo de comunicação.

O que é bom para a Argentina talvez seja bom para o Brasil – e aí reside o verdadeiro temor dos donos da imprensa, não fictícios atentados à liberdade de expressão. Só falta o governo brasileiro querer questionar também as exclusividades milionárias das transmissões desportivas. Isto também seria considerado censura?

Siga a repórter no Twitter: @cynaramenezes

Cynara Menezes

Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto "Jornal da Bahia", em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Veja" e para a revista "VIP". Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.

domingo, 7 de novembro de 2010

Queridos amigos e amigas
Desde a entrada do século XXI não se tem falado em outra coisa que não seja a expansão da mulher e a mudança de seu perfil social. Não existiu escolas, programas de TV ou jornais que não utilizaram o tema clássico " O papel da mulher na sociedade". Pois bem. Em meio a onda da busca feminina por sua valorização e reconhecimento, não poderíamos deixar passar as eleições de 2010. Nunca a figura da mulher teve um peso tão importante como agora. Dos quatro candidatos elegíveis, duas eram mulheres. E nossa Dilma saiu vencedora. Pela primeira vez o Brasil será governado por uma presidente. Mas o que deve ser lembrado é o momento econômico que essa mulher irá assumir a cadeira de chefe do Estado. Um país que saí da posição de emergente para uma das grandes potências mundiais. Antes, reconhecidos pelo futebol e Carnaval, hoje temos uma posição de destaque no cenário político. Nesse momento em que os olhos do mundo se voltam para nós, apresentamos a todos nossa presidente Dilma Housseff. Mineira, filha de pai búlgaro, polêmica, torturada e prisioneira, recebeu já, antes de sua posse, o título de "Dama de Ferro do Brasil". Talvez essa seja a melhor designação para quem irá decidir o futuro de boa parte dos 180 milhões de brasileiros que hoje somos. Essa é mais uma vitória da democracia. Primeiro vencemos elegendo e reelegendo Lula, sindicalista que se tornou presidente. Agora, mais uma vez, o povo brasileiro demonstra sua consciência política elegendo uma mulher, mesmo depois das calúnias e ataques por ela sofridos. Nosso perfil eleitoral mudou de tal modo, que os antigos conceitos de UM presidente perfeito caíram por terra. Aprendemos a entender as legendas partidárias, a analisar o crescimento e desenvolvimento económico e social, valorizar o voto como meio de decidir nosso próprio futuro. Dilma não venceu por ser mulher, mas por demonstrar a segurança necessária que o brasileiro precisava sentir. Muitas mudanças estão por vir, e muito ainda irá se falar nas expectativas para os próximos quatro anos. Dilma irá enfrentar novas crises mundiais, o fortalecimento da oposição, as especulações a cerca de nosso país, a cobrança pela reforma tributária, a continuidade das negociações com nações amigas, os novos mercados conquistados. São desafios que serão vencidos através da sensibilidade feminina mas com a marca da postura firme e segura de nossa Presidente.
No ano de 2010 que se encerra, esperamos ansiosos por nossos novos tempos e mudanças, por podermos respirar aliviados sabendo que estamos em boas mãos. Cada mãe, esposa, cada brasileira hoje se sente honrada com a posição que atingimos. Junto com Dilma, todas nós somos reconhecidas mundialmente como mulheres competentes e capacitadas. Nossa garra tomou a esfera internacional e até a mulher búlgara se tornou nossa irmã de força e coragem. O que todos nos sabemos é que vamos avançar a cada dia, em passos largos, e de salto alto.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Estandarte a respeito dos recorrentes casos de RACISMO NA INTERNET BRASILEIRA após a vitória de Dilma, tendo como objetivo de OFENDER OS NORDESTINOS.

Viva a Lula e Dilma que conquistaram uma vitória memorável, digna desta democracia ainda nascente, mas que já desponta prometendo bons frutos. Como é gratificante ver que a região que foi o berço de nossa sociedade, há muito esquecida por nossos governantes, o Nordeste brasileiro, hoje vem sendo redignificada e continuará sendo caso o governo de Dilma seja, pelo menos, tão progressista como o foi o de Lula. O Nordeste de Salvador e Porto Seguro, da enorme Bahia de Castro Alves e Jorge Amado! O Nordeste do frevo de Pernambuco, da Paraíba do cariri e de Suassuna O nordeste de Sergipe de Sílvio Romero, o primeiro homem a se interessar por Antônio Conselheiros e Canudos - por isso também parceiro de Euclides da Cunha. o nordeste de Alagoas do enorme Graciliano Ramos, do inesquecível "Vidas Secas", do Rio grande do Norte de João do Pulo e das vaquejadas. O mesmo Nordeste que Gilberto Freyre já dissera ser o verdadeiro Brasil, onde pulsa nossa cultura. nordeste do Sertão, o cenário de nossos grandes romances e de nossas mais marcantes epopeías.

Mas esse não é um discurso que exalta apenas o Nordeste. Se falamos do Nordeste é porque assumimos a defesa de uma situação deplorável que agora toma conta das redes sociais na Internet, onde vem sendo propagada mensagens puramente xenofóbicas aos Nordestinos. A exaltação do nordeste é apenas uma forma de demonstrar a estupidez a que este tipo de opinião não pode escapar. Porque no fundo, o que fica claro é, na verdade, que este tipo de opinião provém de camadas da sociedade brasileira que estão insatisfeitas com os crescentes progresso de nossa sociedade e vêem hoje ameaçada a sua posição dominante no Brasil. Não por acaso, essa propagação provém de setores favorecidos de nossa sociedade, que não possuem qualquer compromisso cívico ou republicano.

É lamentável termos que nos deparar com atitudes como a da Estudante de Direito de São Paulo, que assinou como Mayara Petruso, ainda na madrugada de segunda-feira, depois do resultado da eleição presidencial" (Tribuna de Minas, do dia 4/11/2010, pág. 9) que postou no Twitter a seguinte frase: "Nordestino não é gente. faça um favor a SP: mate um nordestino afogado." Permanece apenas o alento de esperar sinceramente que a JUSTIÇA SEJA FEITA E QUE ESSA ESTUDANTE SEJA DEVIDAMENTE PUNIDA, ASSIM COMO TODAS AS OUTRAS PESSOAS QUE COMETERAM CRIMES IGUAIS NA INTERNET.

Entretanto, não nos esqueçamos, que este tipo de declaração apenas demonstra a falta de compromisso da elite brasileira com os problemas de nosso país, com o o racismo e discriminação SOCIAL. Devemos permanecer atentos a este tipo de atitude, seja para divulgá-los em tom de repulsa, seja para denuncía-la em uma exigência de PUNIÇÃO!

O Artigo 224 da Constituição Federal

Vamos conhecer um pouco do tão esquecido Art. 224 da nossa Constituição da República Federativa do Brasil e tentar entender o porquê da grande mídia golpista lutar para que essa norma não seja aplicada no país.

Vejamos o que diz o texto constitucional de 1988:

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo [Capítulo V, "Da Comunicação Social", do Título VIII "Da Ordem Social"], o Congresso Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Comunicação Social, na forma da lei.

Fazendo uma interpretação literal podemos dizer que o legislador constituinte de 1988 inseriu os meios de comunicação (rádio/jornal/tv etc) como meios sociais e democraticos que deveriam ter uma participão dos cidadãos, e para isso seria necessário que o congresso implementasse um Conselho, que ficaria responsável por gerir de forma democrática a Comunicação - como as concessões de TV, que de forma geral se encontram nas mãos de grandes empresários e conhecidas famílias que dominam o cenário político - sem nenhum critério de justiça, lógica ou opnião pública.

A grande mídia, combate ferozmente a proposta de implementar e dar eficácia a Constituição Brasileira, que tanto dizem prezar. Sob o argumento que estariam-lhes cerciando a liberdade de imprensa. Ora, mentira maior não poderia ser. Este Conselho, que seria representado por todos os seguimentos da sociedade civil certamente atendem mais a liberdade do que grupos economicos privados com interesses escusos, como acontece atualmente.

Portanto, temos que privatizar o atual modelo de concessão, aplicado a televisão, para que seja vendido para quem estiver disposto a comprar e consumido por quem estiver disposto a consumir, como um simples produto, inteiramente privatizado, e não hiprocritamente concedido a grupos particulares sem qualquer interesse públco.
Ou então usamos de forma democrática, repensando o atual modelo, o que assistimos é realmente de interesse geral? É feito de forma social e democrática? A criação de um Conselho com participação popular efetiva responderia a esses questionamentos, não apenas eu, nem você. Todos nós!

Para mais informações sobre o tema acessem o site do Dep. Estadual Carlin Moura, autor do projeto de lei (PL 4968/2010) sobre a criação do conselho em âmbito estadual.

Existe, em âmbito federal, a Lei nº 8389/1991, que institui o Conselho de Comunicação Social previsto no artigo 224 da Constituição, no entanto, quem se der o trabalho de lê-la, verá que esta lei não traduz nem um pouco o espírito do legislador constituinte do capítulo "Da Comunicação Social" da Constituição de 1988".

Nossa Lei Magna precisa ser efetivamente cumprida, isso é a verdadeira liberdade democrática, e nao censurar o povo de opniar sobre o que é público em favor de uma pequena parcela que torce por um tipo de mídia no Brasil que não informa, aliena.

Wadson Xavier
Bacharel em Direito

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Registro Velho: Registro Derradeiro?

A eloquência destas imagens traduz o atual estado de conservação da Fazenda do Registro Velho, tombada como patrimônio histórico pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

À beira da completa ruína, esta fazenda pode não sobreviver à temporada de chuvas que se aproxima, e este pode ser um dos últimos registros do local ainda com paredes e alguns pedaços de telhado para contar a história.

Estamos buscando apoios para esta causa, através da realização de um curta-metragem documental sobre a Fazenda e seus diversos aspectos históricos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O Estandarte do Povo nas Ruas

Foto da atividade do Comitê Dilma.
Calçadão da Rua Halfeld, 23 de outubro de 2010.
Contribuição de Raquel Fracette

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Estandarte sobre a entrevista da a economista portuguesa Maria da Conceição Tavares

“Lula é um gênio do povo”

Estandarte do Povo disse: O seu comentário está aguardando moderação.
Belíssima entrevista dessa mulher que se mostrou coerente e esclarecedora, é de pessoas assim que precisamos para conscientizar o povo brasileiro do engodo chamado PSDB-DEM e da mídia que lhes serve. Ama o Brasil não por ter aqui nascido, mas por ver neste país um futuro brilhante, uma nação em construção que aos poucos se liberta das amarras coloniais e não mais se submete as “metrópoles” do capitalismo neoliberal. Parabéns!

domingo, 24 de outubro de 2010

O Globo reconhece PIG

Reportagem divulgada no Jornal "O Globo" mostra (enfim) coerência e reconhece a existência do PIG, da qual o próprio jornal faz parte, confiram:

 

Revista pode ser o último obstáculo para vitória de Dilma

Plantão | Publicada em 22/10/2010 às 21h07m
Reuters/Brasil Online

Por Stuart Grudgings 

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Já se tornou um ritual nas manhãs de sábado durante a atual corrida presidencial -funcionários dos partidos e jornalistas correm às bancas para verem se, desta vez, a edição da revista Veja derruba a candidata Dilma Rousseff (PT).
Com sua capacidade para fazer ataques, a revista mais lida do Brasil -que já divulgou dois escândalos de corrupção que afetaram Dilma- parece ser o último grande trunfo da oposição, numa disputa em que a candidata governista chega à penúltima semana ampliando sua vantagem na dianteira das pesquisas.
Alguns analistas políticos descrevem a corrida em termos de quantas capas da Veja faltam para a eleição: duas.
A incansável campanha da publicação contra Dilma é um sinal daquilo que alguns dizem ser uma profunda tendência da mídia brasileira contra o PT e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, primeiro presidente brasileiro egresso da classe operária.
O esquerdista Lula tem a aprovação de 80 por cento dos brasileiros e é muito elogiado no exterior pela trajetória que fez o ex-operário virar um presidente que tirou milhões de pessoas da miséria. Mas isso não impede que sua relação com a imprensa brasileira esteja desgastada.
"Há uma revista cujo nome eu não lembro. Ela destila ódio e mentiras," disse Lula em setembro num comício, em um dos seus muitos ataques à imprensa durante esta campanha, em que ele acusa alguns veículos de comunicação de agirem como partidos políticos.
Membros do PT admitem que a irritação de Lula com a imprensa pode ser contraproducente, e que talvez tenha até custado votos a Dilma no primeiro turno. Mas as pesquisas ainda a apontam como favorita no segundo turno, no dia 31, depois da aparente perda de fôlego na recuperação da candidatura de José Serra (PSDB).
Embora a Veja tenha uma orientação clara, suas reportagens têm se provado corretas, e resultaram na demissão de Erenice Guerra, ex-braço-direito de Dilma, do Ministério da Casa Civil após denúncia de envolvimento num suposto esquema de corrupção.
Os grandes grupos da imprensa dizem que as críticas de Lula têm ido longe demais e citam seu direito constitucional à liberdade de imprensa. A antiga desconfiança da grande imprensa de que o PT gostaria de restringir a liberdade de imprensa foi alimentada, no começo da campanha, quando um documento do partido -depois retirado às pressas- sugeria propostas por um maior controle sobre a mídia.
"Acho que essa tensão entre mídia e poder é normal -basta ver o presidente (dos EUA, Barack) Obama e a Fox News," disse Ricardo Pedreira, presidente da Associação Nacional de Jornais. 

HISTÓRICO DE DESEQUILÍBRIO 

Ainda assim, alguns creem haver provas concretas para justificar a irritação de Lula, e consideram que a postura negativa da imprensa pode ser um problema também para Dilma, caso eleita.
"É inquestionável," disse James Green, professor de assuntos latino-americanos na Universidade Brown, dos EUA, que vem acompanhando a campanha. "Sempre que um evento ocorrer ele será distorcido de um modo claramente destinado a favorecer a candidatura Serra e a diminuir a candidatura Dilma."
Segundo ele, o paralelo entre Obama e o canal Fox News não se sustenta, porque no Brasil, ao contrário do que ocorre nos EUA, não há grandes jornais ou redes de televisão com posições de esquerda, que poderiam equilibrar a cobertura.
Lula, com sua origem humide do Nordeste, é sistematicamente retratado como "ignorante, analfabeto, rude e preguiçoso," disse Bernardo Kucinski, professor de Jornalismo e ex-assessor de comunicação do governo Lula no primeiro mandato.
"Ultimamente, os jornalistas reconheceram sua habilidade política e abandonaram os termos mais insultantes, mas continuam a retratá-lo como um homem não-educado e, portanto, despreparado para a Presidência."
Kucinski disse que Dilma, por ser oriunda da classe média, será poupada de tais ataques pessoais, mas não de uma cobertura ideologicamente tendenciosa. "A meta da elite é impedir outros oito anos 'deste tipo de governo,'" afirmou.
Lula se queixa de que "nove ou dez famílias" controlam a mídia brasileira.
Num dos casos mais famosos de comportamento ideológico da mídia, a TV Globo, em 1989, editou o debate de Lula contra seu então adversário Fernando Collor de modo a ressaltar os maus momentos do petista, que acabou derrotado naquela eleição presidencial, a primeira após a redemocratização do país.
Hoje em dia, a Globo faz uma cobertura mais neutra, mas muitos acharam que os apresentadores do Jornal Nacional a trataram de forma mais agressiva do que aos demais candidatos numa série de entrevistas feita em agosto, o que também provocou uma reação de Lula. O jornal O Globo, pertencente ao mesmo grupo, também tem um claro viés anti-Dilma.

Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/10/22/revista-pode-ser-ultimo-obstaculo-para-vitoria-de-dilma-922850755.asp

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem é José Serra

http://professortarcisioeder.blogspot.com/2010/10/quem-e-jose-serra-do-psdb.html

José Serra tem 68 anos é paulista, filho único de imigrantes italianos, o pai, empresário no ramo de frutas. José Serra foi criado em uma ampla e confortável casa na Mooca, São Paulo.


Aos 18 anos, Serra ingressou no curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, o qual nunca concluiu. Com o golpe militar de 1964, ele exilou-se na Bolívia, no Uruguai e, em seguida, no Chile, onde fez o “Curso de economia” da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), de 1965 a 1966, especializando-se em planejamento industrial. Apenas 2 (dois) anos de curso! Quer dizer, não é um curso superior formal. Depois disso, fez mestrado em Economia pela Universidade do Chile (1968), da qual foi professor entre 1968 e 1973. Em 1974, fez Mestrado e Doutorado em Ciências Econômicas na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, sem nunca ter concluído uma faculdade. Como foi possível isso? No Chile e nos EUA não é exigido curso superior para fazer pós-graduação, o que não é permitido aqui no Brasil. Além disso, os cursos de pós-graduação que Serra cursou na Cornell (com que dinheiro não sei, porque são caríssimos) não são “strictu senso“ mas “lato senso“ como os fornecidos pela rede privada aqui no Brasil. Em suma: não valem nada em termos acadêmicos. Serra permaneceu 13 anos longe do Brasil. Autoexilando-se (ou melhor, fugindo) no Chile, junto com FHC ao invés de lutar pelo povo contra a ditadura. Na volta ao Brasil, logo locupletou-se com as elites brasileiras.


Em 1983, Serra iniciou, efetivamente, a sua carreira como gestor, assumindo a Secretária de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, quando fez um péssimo trabalho. Braço direito do governador Montoro, não conseguiu sequer arrumou as finanças do Estado, sucateando ainda mais a Educação e a Saúde.

Em 1986, Serra foi eleito deputado constituinte, e teve um dos piores desempenhos, como pode-se conferir abaixo:
a) votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas;
b) votou contra garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego;
c) votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias;
d) votou contra o monopólio nacional da distribuição do petróleo;
e) negou seu voto pelo direito de greve;
f) negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário;
g) negou seu voto pelo aviso prévio proporcional;
h) negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical;
i) negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio;
j) negou seu voto pela garantia do salário mínimo real;
Fonte: DIAP — “Quem foi quem na Constituinte”;pág. 621.

Serra foi um dos fundadores do PSDB, em 1988. Foi derrotado por Luiz Erundina, (á época do PT), nas eleições para prefeito de São Paulo. Em 1990, foi reeleito deputado federal quando teve novamente péssimo mandato.

Em 1994, Serra foi um dos grandes apoiadores do Plano de Privatização de Fernando Henrique Cardoso, deixando um rastro de enormes prejuízos para o povo brasileiro:
· 166 empresas privatizadas entre 1990 e 1999;
· 546 mil postos de trabalho extintos diretamente;
· 17,1% dos 3,2 milhões de empregos formais perdidos na década.
(Fontes: Pochmann, Márcio. A década dos mitos. São Paulo, Editora Contexto, 2001. Biondi, Aloysio. O Brasil privatizado. São Paulo, Editora Perseu Abramo, 2001)

Depois foi eleito senador por São Paulo, em seguida, assumiu o Ministério do Planejamento, onde por pura incompetência deixou o país à mercê de um racionamento durante o famoso “apagão” no governo FHC que durou Oito meses.

Em 1998, José Serra assumiu o Ministério da Saúde. Junto com FHC, zerou o investimento na área de saneamento, o que causou a propagação de várias doenças no país. Além disso, José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar os focos do Aedes Aegypti. Dos R$ 81 milhões gastos em publicidade do seu ministério em 2001, apenas R$ 3 milhões foram utilizados em campanhas educativas de combate à doença. O resultado desta política criminosa se fez sentir no Rio de Janeiro que, entre janeiro e maio de 2002, registrou 207.521 casos da dengue e a morte de 63 pessoas.

A frente do ministério da saúde, Serra regulamentou o aborto nos Hospitais do SUS, assunto que usa hoje para caluniar sua adversária a presidência.

Em 2002, Serra candidatou-se à Presidência, sendo derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.

Em 2004, Serra elegeu-se Prefeito de São Paulo e prejudicou sua já arranhada imagem ao mentir para o povo de São Paulo quando no debate da Band, diante de Boris Casoy, afirmou que em caso de não cumprir a promessa, que seus eleitores nunca mais votassem nele. Disse ainda que “embora alguns candidatos adversários gostem de dizer que eu sairei candidato à presidência da República ou ao governo do estado, eu assumo esse compromisso, meu propósito, minha determinação é governar
São Paulo por quatro anos”. Deu sua palavra em rede nacional e depois voltou atrás, mentindo para o povo.

Em 2006, Serra elegeu-se Governador de São Paulo (confirmando que mentira mesmo ao povo), cargo que exerceu até o último dia 31 de março de 2010. O governo foi marcado pela tragédia no Metrô e o escândalo no Caso Alstom.

É o candidato natural da oposição à Presidência da República. Oposição esta composta pelo PSDB (partido à qual pertence o chefe do mensalão mineiro, Eduardo Azeredo e Yeda Crusius, governadora do RS, envolvida em um escândalo no Detran daquele estado). Ainda possui aliança com o DEM (partido do mensalão do DF no qual o ex-governador e principal operador do esquema, José Roberto Arruda, iria ser o candiato à vice de José Serra).

Definitivamente, neste não dá pra confiar.


Estandarte sobre A DISPARADA DE DILMA NO SEGUNDO TURNO (Pesquisa do Instituto de Pesquisa Datafolha)

http://professortarcisioeder.blogspot.com/2010/10/mais-uma-pesquisa-constata-vitoria-de.html?showComment=1287639868945#c8418858435327831601

Será que o Serra vai dizer agora que o instuto não é confiável???? Como, se o PIG, ao qual pertence a REDE GLOBO e, portanto, também este instituto de pesquisa - Datafolha, é seu aliado???

Hahahaha....

O povo não permitirá que este Senhor tome o poder e usurpe mais uma vez nossos direitos, como quando era ministro de planejamento de FHC.E por mais que a imprensa tente mudar os rumos que o povo deseja ou camuflar os fatos indeléveis da superioridade do programa do PT frente ao programa do PSDB - se é que existe programa, já que o PSDB nada mais é do que o guarda-chuva de empresários sem qualquer noção de civismo. Mas agora não é tão simples assim. Talvez estejamos vendo o início do fim desta via que ainda nos assombra, representada pelo PSDB, pelo DEM e pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista), partidos estes que, após estas eleições, após serem derrotados nas urnas, perderão mais um pouco de sua força que hoje apenas contribui com o travamento de nossa democracia e o consequente estagnamento de nosso país.

POR ISSO VOTEMOS DILMA - 13!!! A melhor opção para o país!

ESTANDARTE DO POVO

Estandarte sobre a SUPERIORIDADE DE DILMA EM RELAÇÃO A SERRA

(Comentário ao vídeo de Marilena Chauí)

Como é possível ter dúvidas sobre o melhor caminho quando ele nos é apresentado assim, de forma tão clara? Será que é mesmo possível achar que uma possível eleição de Serra seria um melhor caminho? Me parece mesmo que não e Marilena Chauí desdobra todas as vantagens de Dilma com argumentos sólidos e exemplos factuais! Não se esqueçam do PIG (Partido da Imprensa Golpista - GLOBO/FOLHA/ESTADÃO/VEJA) que além de tentar tirar o foco da política, porque sabem que não podem dizer ao povo QUE DEFENDEM E REPRESENTAM APENAS A PEQUENA CLASSE DOS EMPRESÁRIOS, e por isso tentam desviar a discussão política para temas RELIGIOSOS, o que é um absurdo da maior espécie possível! Além disso, olhem as parciais das pesquisas: o DEM, partido mais conservador deste país ajudou Serra a vencer nos estados ruralistas. O POVO DESTES ESTADOS PRECISAM IMPEDIR QUE ISTO ACONTEÇA! A elite do DEM ainda está incrustada em alguns lugares do país e no PODER, o que é ainda mais desesperador!!! O DEM representa os latifundiários deste país, que nunca tiveram compromisso nenhum com o povo e sempre apoiaram os movimentos mais conservadores desta sociedade!!! Não se esqueçam que o VICE DO SERRA É DO DEM!!!!!!!!
Vejam os vídeos, eles são muitos claros e não carecem de nenhum comentário amplo. Apenas gostaria de dizer que quem vota no Serra, ou ainda não conhecia a sua inferioridade - o que vem sido camuflado pelo PIG (GLOBO/FOLHA/ESTADÃO/VEJA), ou ESTÁ AGINDO DE MÁ FÉ E DEFENDENDO APENAS SEUS PRÓPRIOS INTERESSES EM DETRIMENTO DE TODO O RESTO DA POPULAÇÃO E NÃO POSSUEM QUALQUER COMPROMISSO COM A DEMOCRACIA NESTE PAÍS!!!!

Marilena Chaui 4: por que precisamos eleger Dilma presidente

Marilena Chaui 3: Serra é uma ameaça para o meio ambiente

Marilena Chaui 2: Serra ameaça liberdade de expressão e de imprensa

Marilena Chaui 1: Serra é ameaça à democracia e aos direitos sociais

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eca! - Yuri Westermann

A pele era ruim

ruim mesmo


Ainda hoje me lembro da cara

me olhando

e aquela pele sebosa de espinha cravo e fungo


Ela se agachava, devotamente,

me engolia o escroto com a boca quente

enquanto eu espremia as brotoejas mais gordurosas e pululantes


Por fim,

era uma enorme mistura de porra e pus e um liquidozinho sem cor e sem nome


Nojento era

mas era bom.

Urbano - Yuri Westermann

Desfaço o compasso dos passos sincopados, puro acinte.

Pra que tantas pernas bamboleiam sobre paralelepípedos quentes?


No inverno, a cidade se esconde maculada com manchas de verão

adquiridas ao longo da longa e libidinosa estação da febre

causada por mosquitos calor e desejo.


A imundície se prolifera sobre o asfalto

entre becos, galerias e vielas fumacentas, cinzentas,

decadentes, povoadas pelo lixo social

que não desceu o ralo do esgoto.


Como o caso da família que mora em cima do papelão

bem em frente ao banco central.

Pai, mulher grávida, três meninas dois meninos

gato, cachorro trempe e coragem.


Ontem fui lá e saquei quinhentos reais, era o limite.

Pensei em dar uns vintinho pra família comer alguma coisa

mas mamãe disse que a desgraça dos outros não é culpa nossa.

Parece que o tal deus quis assim.


Além do mais, maninha sempre diz que dar esmola auxilia a vadiagem.

Não vivemos na idade média, todos tem oportunidades iguais

diz ela, como grande conhecedora da idade média.

Música no Céu - Yuri Westermann

Os anjos

pra lá de cansados da monótona e enfadonha

voz do senhor, única música no céu, decidiram

por unanimidade

contratar Paulo Moura.

O senhor, com inveja, voltou a estudar canto

ópera e tudo mais.

Agora é assim,

toda noite no céu é regada a vinho

e Paulo Moura faz chorar a clarineta

enquanto o senhor se debulha em lágrimas

tentando manter o tom.

Operário em construção - Vinicius de Morais

Sugerido por Thaís Xavier.

Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda, se abandonares
o que te faz dizer não.
E o operário disse: Não!
Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
Mentira! Disse o operário
Não pode dar-me o que é meu.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Leonardo Boff com DILMA 13

“Monica Serra já fez um aborto"

FONTE: professortarcisioeder.blogspot.com




“Monica Serra já fez um aborto" afirma ex-aluna da mulher de presidenciável
Sylvia Monica Serra foi professora de dança na Unicamp

O desempenho do presidenciável tucano, José Serra, no debate do último domingo pela TV Bandeirantes, foi a gota d’água para uma eleitora brasileira. O silêncio do candidato diante da reclamação formulada pela adversária, Dilma Rousseff (PT) – de que fora acusada pela mulher dele, a ex-bailarina e psicoterapeuta Sylvia Monica Allende Serra, de “matar criancinhas” –, causou indignação em Sheila Canevacci Ribeiro, a ponto de levá-la até sua página em uma rede social, onde escreveu um desabafo que tende a abalar o argumento do postulante ao Palácio do Planalto acerca do tema que divide o país, no segundo turno das eleições. A coreógrafa Sheila Ribeiro relata, em um depoimento emocionado, que a ex-professora do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Monica Serra relatou às alunas da turma de 1992, em sala de aula, que foi levada a fazer um aborto “no quarto mês de gravidez”.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Brasil, na noite desta segunda-feira, Sheila deixa claro que não era partidária de Dilma ou de Serra no primeiro turno: “Votei no Plínio (de Arruda Sampaio)”, declara. Da mesma forma, esclarece ser apenas uma eleitora, com cidadania brasileira e canadense, que repudiou o ambiente de hipocrisia conduzido pelo candidato da aliança de direita, ao criminalizar um procedimento cirúrgico a que milhões de brasileiras são levadas a realizar em algum momento da vida. Sheila, durante a entrevista, lembra que no Canadá este é um serviço prestado em clínicas e hospitais do Estado, como forma de evitar a morte das mulheres que precisam recorrer à medida “drástica e contundente”, como fez questão de frisar.

No texto, intitulado “Respeitemos a dor de Mônica Serra”, Sheila Ribeiro repete a pergunta de Dilma, que ficou sem resposta:
– Se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?


Leia o texto, na íntegra:
“Respeitemos a dor de Mônica Serra

“Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Mônica Serra.
“Aqui venho deixar a minha indignação no posicionamento escorregadio de José Serra, que no debate de ontem (domingo), fazia perguntas com o intuito de fazer sua campanha na réplica, não dialogando em nenhum momento com a candidata Dilma Roussef.
“Achei impressionante que o candidato Serra evita tocar no assunto da descriminalização do aborto, evitando assim falar de saúde pública e de respeitar tantas mulheres, começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto e sou solidária à sua dor.

“Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Mônica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Mônica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

“Assim, repito a pergunta corajosa de minha presidente, Dilma Roussef, que enfrenta a saúde pública cara a cara com ela: se uma mulher chega em um hospital doente, por ter feito um aborto clandestino, o Estado vai cuidar de sua saúde ou vai mandar prendê-la?

“Nesse sentido, devemos prender Mônica Serra caso seu marido seja eleito presidente?

“Pelo Brasil solidário e transparente que quero, sem ameaças, sem desmerecimento da fala do outro, com diálogo e pelo respeito à dor calada de Mônica Serra,

“VOTO DILMA”, registra, em letras maiúsculas, no texto publicado em sua página no Facebook, nesta segunda-feira, às 10h24.
Reflexão
Diante da imediata repercussão de suas palavras, Sheila acrescentou em sua página um comentário no qual afirma ser favorável “à privacidade das pessoas”.

“Inclusive da minha. Quando uma pessoa é um personagem público, ela representa muitas coisas. Escrevi uma reflexão, depois de assistir a um debate televisivo onde a figura simbólica de Mõnica Serra surgiu. Ali uma incongruência: a pessoa que lutou na ditadura e que foi vítima de repressão como mulher (com evento trágico naquele caso, pois que nem sempre o aborto é trágico quando é legalizado e normalizado) versus a mulher que luta contra a descriminalização do aborto com as frases clássicas do “estão matando as criancinhas”. Quem a Mônica Serra estaria escolhendo ser enquanto pessoa simbólica? Se é que tem escolha – foi minha pergunta.

“Muitas pessoas públicas servem-se de suas histórias como bandeiras pelos direitos humanos ou, ainda, ficam quietas quando não querem usá-las. Por isso escrevi ‘respeitemos a dor’. Para mim é: respeitemos que muita gente já lutou pra que o voto existisse e que para que cada um pudesse votar, inclusive nulo; muita monica-serra-pessoa já sofreu no Brasil e em outros países na repressão para que outras mulheres pudessem escolher o que fazer com seus corpos e muitas monicas-serras simbólicas já impediram que o aborto fosse descriminalizado.

“Muitas pessoas já foram lapidadas em praça pública por adultério e muitas outras lutaram pra que a sexualidade de cada um seja algo de direito. A minha questão é: uma pessoa que é lapidada em praça pública não faz campanha pela lapidação, então respeitemos sua dor, algo está errado. Se uma pessoa pública conta em público que foi lapidada, que foi vítima, que foi torturada, que sofreu, por motivos de repressão, esse assunto deve ser respeitadíssimo.

“Vinte por cento da população fazem abortos e esses 20% tem o direito absoluto de ter sua privacidade, no entanto quando decidem mostrar-se publicamente não entendo que estes assimilem-se ao repressor”, acrescentou a ex-aluna de Monica Serra, que teria relatado a experiência, traumática, às alunas da turma de 1992.
Exílio e ditadura

Sheila diz ainda, em seu depoimento, que “muitas pessoas querem ‘explicações” para o fato de ela declarar, publicamente, o que a ex-professora disse às suas alunas na Unicamp.

“Eu sou apenas uma pessoa, uma mulher, uma cidadã que viu um debate e que se assustou, se indignou e colocou seu ponto de vista na internet. Ao ver Dilma dizendo que Mônica falou algo sobre ‘matar criancinhas’, duvidei.

“Duvidei porque fui sua aluna e compartilhei do que ela contou, publicamente (que havia feito um aborto), em sala de aula. Eu me disse que uma pessoa que divide sua dor sobre o aborto, sobre o exílio e sobre a ditadura, não diria nunca uma atrocidade dessas, mesmo sendo da oposição. Essa afirmação de ‘criancinhas assassinadas’ é do nível do ‘comunista come criancinha’. A Mônica Serra é mais classe do que isso (e, aliás, gosto muito dela, apesar do Serra não ser meu candidato).

“Por isso, deixei claro o meu posicionamento que o aborto não pode ser considerado um crime – como não é na Itália, na França e em outros países. Nesse sentido não quero ser usada como uma ‘denunciadora de um ‘delito’. Ao contrário, estou relembrando na internet, aos meus amigos de FB (Facebook), que o aborto é uma questão complexa que envolve a todos e que, como nos países decentes, não pode ser considerado um crime – mas deve ser enfrentado como assunto de saúde.

“O Brasil tem muitos assuntos a serem tratados, vamos tratá-los com o carinho e com a delicadeza que merece.

“Agora volto ao meu trabalho”, conclui Sheila o seu relato na página da rede social.

Sem resposta

Diante da afirmativa da ex-aluna de Sylvia Monica Serra, o Correio do Brasil procurou pelo candidato, no Twitter, às 23h57:

“@joseserra_ Sr. candidato Serra. Recebemos a informação de que Dnª Monica Serra teria feito um aborto. O sr. tem como repercutir isso?”

Da mesma forma, foi encaminhado um e-mail à assessoria de imprensa e, posteriormente, um contato telefônico com o comitê de Serra, em São Paulo. Até o fechamento desta matéria, às 12:39h desta quarta-feira, porém, não houve qualquer resposta à pergunta. O candidato, a exemplo do debate com a candidata petista, novamente optou pelo silêncio.

1 comentários:

Robson Rocha disse...

A hipocrisia é a marca deste partido de Empresários (PSDB). O mesmo partido que, a partir de um golpe, impusera à câmara, no governo FHC, a emenda constitucional que possibilitava a reeleição, com pagamento de proprina é claro (400.00 mil reais para cada deputado), hoje chama o PT de corrupto. Por isso quem os apoiam é o PIG (Partido da Imprensa Golpista - GLOBO/FOLHA/ESTADÃO e VEJA), porque parece uma tendência da elite brasileira fazer golpes quando está presetes a perder o poder de vez. Foi assim na ditadura, quando se associaram aos militares, assim fora também com o golpe da Reeleicão e agora mais uma vez com esta séria de calúnias demagógicas propagadas por este partido e seus aliados (DEM/PIG). Mas agora tá mais difícil, muito mais difícil, porque a diferença é clara. Ninguém, além da elite desesperada e classe média sempre mesquinha, acham o voto em SERRA uma via segura e produtiva.

ESTANDARTE DO POVO

Estandarte contra os MOVIMENTOS ESTUDANTIS "PROGRESSISTAS"!

Movimentos de Juventude! Belíssimo nome para aqueles que, apesar de não quererem mudar nada, também precisam de algum movimento que os façam parecer "politizados" ou "progressistas". Quando é que estes jovens perceberão que POLÍTICA EXIGE ESTRATÉGIA!?!? Ou melhor. Será que eles serão capazes um dia de ultrapassar os limites da aristocrática universidade brasileira?
Penso que não, porque há muito estes grupos jovens demonstram uma enorme incapacidade de organização. Estes mesmos jovens, a maioria proveniente das classes médias, jamais pisaram num bairro (não digo favela porque me parece demais para eles) e sequer conhecem e reconhecem a arte e os direitos das pessoas que de fato precisam ter voz, não porque simplesmente estão sendo subjugadas - isso também , mas sim porque são estas mesmas pessoas que SEMPRE NOS DERAM TUDO AQUILO COM O QUAL NÓS HOJE, COMO PAÍS, PODEMOS NOS ORGULHAR DE SER E TER.

O Samba, expressão máxima do povo brasileiro, centro organizador dos bairros e das favelas pelas escolas de samba, simplesmente não são lembrados por estes jovens universitários demagogos que acham mesmo que podem enganar muita gente com estes discursos anacrônicos - como os do PSTU e PSOL. Por que eles insistem em não diferenciar as propostas do PSDB, partido claramente conservador, com as propostas do PT, partido de base sindical e que possibilitou uma grande transformação e um desenvolvimento sustentável neste país? Será que eles pensam mesmo que será a mesma coisa caso o PSDB assuma o poder ao lado do DEM?

Isso só indica a total falta de articulação e estratégia política destes partidos. Não é, definitivamente, apenas falta de dinheiro para campanha, ainda que isso também pese no fim.

Por sorte, nem todos os movimentos progressistas são tão INGÊNUOS E DESPREPARADOS como os movimentos destes partidos!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Noites Mágicas - Alexandre da Silva Azevedo

Tenho vivido as delirantes noites mágicas
dos sentidos e da vontade
desde que conheci a paz
que ultrapassa a compreensão

Por isso permaneço atento
à serenidade da luz e dos espaços solitários

As cores, agora, explodem meus olhos
E eu busco, em vão, alcançar o sol
Canto alucinadamente
Flutuo entre nuvens
Sinto-me iluminado ---
misteriosamente iluminado nesta solidão!

Já é noite - Alexandre da Silva Azevedo

Já é noite
a cidade já se apagou
e aqui ficou tudo muito vazio
depois que você partiu

Já é noite
lá fora chove e venta
e aqui as coisas não vão bem
desde que você partiu

Já é noite
bebemos nossas horas de abandono
vagando pelas ruas de nossa solidão

Já é noite
o relógio bate a tua espera
as horas arrastam a tua ausência
na minha loucura
de querer te amar

O jovem colorido - Alexandre da Silva Azevedo

O jovem colorido
roupas de cetim brilhante e óculos escuros
está delirando
abrindo as portas do sonho

Seu espírito vagueia por estranhos mundos
e ele viaja através do espelho

O jovem colorido
cabelo despenteado e olhar gélido
agora vive na sombra
numa suave treva de delírio
cheio de guitarras e poeira

Serra e Pastor Malafaia: o cúmulo do absurdo!

Vocês viram a campanha eleitoral deste Domingo, 18 de outubro?
O mais novo cabo eleitoral de José Serra (PSDB), o renomado pastor Silas Malafia (o mais comercial e enganador do momento), anganriando votos de seu rebanho evangélico. 
É a mais descarada forma de alienação política já vista nestas eleições, a qual compactua o nobre partido do candidato "Zé do povo Serra" .
Enquanto uma grande parte de eleitores Católicos bombardeiam a Candidata Dilma (PT), por simplesmente não seguir os ritos da Igreja Católica, o Zé Serrinha se junta ao o que há de pior na Igreja Neopetencostal. O braço mais comercial e alienado dos Protestantes!
Isso a mídia e os católicos não comentam, não enxergam e não querem saber.
É a velha forma de divisão pré-ditadura: "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade" contra "Os Comunistas Comedores de Criancinhas".
Isso é a mais grotesca forma de se arrancar votos de um massa de eleitores que, como ovelhas em um rebanho, seguem seu Pastor para onde ele bem entender.
Vejam com seus próprios olhos o maravilhoso site comercial religioso que apoia a candidatura do "Zé do Povo":

O Brasil é um Estado Laico, vamos valorizar o pensamento político ao invés da alienação religiosa!
Para os Cristãos desavisados: Daí, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus, já dizia Jesus

domingo, 17 de outubro de 2010

Estandarte sobre entrevista de Maria Rita Kehl à Carta Capital

http://www.cartacapital.com.br/politica/a-campanha-eleitoral-assumiu-um-tom-fascitoide-diz-maria-rita-kehl/comment-page-6#comment-21460

Estandarte do Povo disse:

Como disse Maria Rita Kehl a grande imprensa está na mão do PSDB paulista, pois é em SP que se concentra toda grande mídia de direita que ajuda a deturpar o cenário político com reportagens claramente partidárias, e quando uma jornalista competente decide falar a verdade, é sumariamente demitida, como aconteceu neste caso.
Retrocesso maior ainda será este tal de Zé “do povo” Serra ganhar a eleição. Ele é tão sincero e comprometido com a população pobre do Brasil que manda eleitora favelada mandar-lhe um FAX e faz propaganda eleitoral gravando em favela de plástico, no estúdio, simulando a pobreza no Brasil. Que segundo ele não deve existir, já que se deu ao trabalho de criar uma!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Estadarte sobre o PIG

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/10/15/bomba-bomba-veja-a-capa-da-veja/#comment-213897

Estandarte do Povo

O PIG age novamente! Defendem a democracia com o seu discurso treinado, mas todos sabem que é apenas da boca pra fora. essa cobertura tendenciosa não impedirá a organização da sociedade civil que se colocará frente a essa corja com um voto sonoro: DILMA – 13!!!!

Organizemo-nos, então!

Para você, que não votou na Dilma


Por Leonardo de Souza * – Você não votou na Dilma no primeiro turno. Também não pretende votar nela no segundo turno. Não apenas você não vai votar nela, como você tem alertado sobre os perigos de se votar na candidata petista. Você tem suas razões para achar que o voto em Dilma não é o melhor para o Brasil.

Eu não penso como você. Entendo que o melhor voto para o Brasil é o voto em Dilma Roussef, e não em José Serra.
A principal razão que, no meu ponto de vista, justifica o voto em Dilma não é uma única razão. Na verdade, são 53 milhões de razões: entre 2003 e 2008, foram 21 milhões de brasileiros que deixaram a miséria e outros 32 milhões que ascenderam à classe média. Os números dos que chegaram à classe média correspondem mais ou menos ao total de torcedores do Flamengo, e os que saíram da pobreza correspondem aproximadamente à torcida do Corinthians. É isso mesmo: o número de brasileiros que melhoraram de vida na Era Lula é um pouco menor que a soma das torcidas do Flamengo e do Corinthians. A pobreza extrema no país foi reduzida à metade nos anos Lula. Esse salto não se deveu apenas ao bom momento econômico. Isso é fruto de medidas específicas do Governo Federal, tais como o Bolsa Família e o Bolsa Escola.

Você chama esses programas de assistencialistas, de demagogia paternalista. Na sua concepção liberal de “Estado mínimo”, esses programas não têm justificativa. Mas os países socialmente mais justos foram aqueles em que o Estado assumiu um papel ativo na promoção do bem estar social. Você condena os programas brasileiros, mas, quando vem à Europa, se embasbaca dizendo que a Suécia ou a Dinamarca é que são países “de verdade”, pois se importam com seus cidadãos. Os programas sociais brasileiros são irrisórios se comparados aos de países da Europa ocidental. Por que você etiqueta os programas assistencialistas suecos de “justos” e os brasileiros de “demagógicos”? O número de programas de suporte social de um país como a França é muito superior ao do Brasil. Para você ter uma ideia, aqui eu recebo uma ajuda de moradia, fornecida pelo governo francês a todo estudante que paga aluguel, seja ele francês ou não. Isso custa uma grana preta aos cofres franceses. Certa vez, comentei com um colega no trabalho que recebia essa ajuda. Nunca vou me esquecer do que ele falou: “Puxa, nem sabia que isso existia aqui na França. Sou classe média, não preciso desse auxílio, mas fico feliz de saber que os impostos que eu pago servem para ajudar estudantes como você”. Isso é civismo. É impensável ouvir isso da classe média brasileira, notória pelo seu acivismo. O que se ouve deles é que “a classe média é explorada”.

Você deveria é ficar feliz de saber que parte de seus impostos são destinados a ajudar os brasileiros que podem menos. Votar em Dilma é votar na continuidade desses programas. É a garantia de que mais compatriotas irão melhorar de vida. Ou você acha que vai manter esses programas um cara cujo vice propôs punir quem dá esmolas e que chamou o Pronasci de “bolsa-bandido”? Um cara cuja esposa chamou o Bolsa Família de “bolsa vagabundagem”? Você acha que esse senhor tem capacidade de diálogo com os mais desprovidos? Um cara que diz não entender os sotaques de goianos, mineiros e pernambucanos? Um cara que, como bem observou Idelber Avelar, inventou a favela de plástico? Um cara que diz para uma eleitora na favela, “Não posso conversar agora. A senhora não poderia me mandar um fax?”? Esse senhor não demonstra ter canais de comunicação com os pobres. Serra diz que vai manter os programas sociais. Só que eu não confio no que Serra diz. Aliás, não confio sequer no compromisso que ele assume por escrito em cartório.

Foi sob o Governo Lula que a economia brasileira conheceu um período de crescimento expressivo, inclusive durante a crise mundial. Conheço seu argumento: “Lula continuou o que FHC fez”. Só que o próprio FHC reconheceu recentemente que a gestão econômica do PT tem méritos próprios. Insistir na tese de que tudo de bom da economia brasileira não tem sequer uma contribuição da equipe econômica de Lula, mas apenas de FHC e do Plano Real, tem tanto sentido quanto dizer que a pujança da indústria automobilística brasileira nos dias atuais é mérito de apenas um homem: JK.

Não foi apenas no plano econômico que a gestão Lula foi primorosa. Há que se destacar a revitalização do sistema universitário público. Comparar a gestão Lula com Paulo Renato é como comparar o Barcelona ao Madureira. Foi nos anos FHC que o ensino superior privado conheceu fulgurante expansão – na maior parte das vezes, sem a contrapartida da qualidade –, rifando vagas universitárias a megagrupos empresariais. Ao mesmo tempo, as universidades federais entraram em processo de sucateamento: Paulo Renato cortou verbas, restringiu concursos para professores e funcionários, priorizou a expansão do ensino privado, não promoveu uma política de assistência estudantil. Fiz o curso médico na UFMG durante os anos FHC. O descaso governamental provocava greves recorrentes (a de 1998 foi marcante) e provocou inclusive o fechamento do Hospital das Clínicas da UFMG, p elo simples motivo de que a verba federal não era repassada: centenas e centenas de alunos, além de milhares de pacientes carentes, sofreram com o fechamento do hospital. Hoje, o campus da UFMG tem outra cara: prédios novos e modernos foram inaugurados (Economia, Farmácia, Odontologia, Engenharia).

A Cynthia Semíramis concorda comigo. Lula investiu no ensino superior: criou 14 universidades federais e outras dezenas e dezenas de escolas técnicas, muitas delas em regiões menos desenvolvidas do país. Foi a política de Lula que permitiu a criação, por exemplo, do Instituto de Neurociências de Natal, que já está aí, repatriando pesquisadores e fazendo pesquisa em alto nível. Cargos docentes foram criados e a carreira universitária foi valorizada, em flagrante contraste com a ativa promoção da penúria que marcou a gestão Paulo Renato. Tudo isso propiciou que os mestres e doutores formados no Brasil ocupassem cargos na universidade brasileira, evitando o brain drain que por tantos anos sangrou a academia brasileira.

O salto na pesquisa brasileira desde a eleição de Lula é bastante expressivo. Em 2003, os investimentos em ciência e tecnologia foram de 21,4 bilhões de reais; em 2008, já atingiam R$ 43,1 bilhões. Paralelamente, houve notável aumento da produtividade científica brasileira: as publicações em peer-review journals saltaram de 14.237 em 2003 para 30.415 em 2008. Subimos da 17ª posição no ranking da SCImago, em 2000, para a 14ª, em 2008. Passamos países com maior tradição de pesquisa, como a Suíça e a Rússia. A política de pesquisa do Governo Lula foi elogiada inclusive pela Nature, uma das revistas científicas mais importantes do mundo (aí, Tio Rei, coloque mais essa na lista do jornalismo chapa-branca). Eu não voto em José Serra porque não quero que a universidade e a pesquisa brasileiras sejam sucateadas novamente. Não merecemos outro Paulo Renato.

Você diz que o governo do PT é anti-democrático, que ele coíbe a liberdade de expressão e que ele ameaça a liberdade de imprensa. Você acha que o PSDB representa uma proposta democrática. Discordo nos dois pontos. Houve declarações atrapalhadas do governo no que diz respeito à imprensa, e não aprovo a atitude de Lula no episódio Larry Rother. Mas daí a dizer que governo do PT é anti-democrático e que cerceia a liberdade de imprensa vai uma distância muito grande. Nem mesmo FHC sustenta que o Lula é stalinista – só aloprados como Olavão e o Tio Rei é que alimentam besteiras assim. Se, como você diz, o PT censura a imprensa a seu favor e coloca um monte de jornalista chapa-branca nas redações de todo o país, olha, então o PT tem que aprimorar seu s métodos. Dê uma olhada nas últimas capas da revista semanal de maior circulação do país, ligue a TV no principal canal, ou visite um dos blogs políticos mais acessados e veja (ops!) se há algum indício de que o PT tolhe quem fala mal dele e quem aponta as lambanças do partido. Aí você diz que, no governo Lula, tentou-se criar o Conselho Nacional de Jornalismo e que isso era uma tentativa ditatorial de controlar a liberdade de imprensa. Se isso é ditadura, sua lista de governos anti-democráticos deve incluir também países em que o Conselho já existe, como a França e a Inglaterra, como bem lembra Jânio de Freitas. Você critica a TV Brasil, dizendo que o governo não tem que manter canal de TV. Diga isso a um francês. Ele vai lhe dizer que na França não existe um canal de TV na cional que seja público. Existem cinco.

Eu também li o editorial do Estadão, dizendo que Dilma é “o mal a evitar”, por representar uma ameaça à democracia e à liberdade de imprensa. Você achou bonita essa defesa do “Estado de Direito”, né? Por que o Estadão nunca fez um editorial como esse quando o Brasil efetivamente vivia sob uma ditadura, nos anos de chumbo? Por que, dias depois desse editorial, esse mesmo órgão que se põe como baluarte da democracia plural demitiu sumariamente uma colunista que apoiou o Bolsa Família?
E será que o PSDB é tão comprometido assim com a democracia constitucional e com a liberdade de expressão? E os arapongas da Abin na gestão FHC? De qual partido é Eduardo Azeredo, que propôs uma lei de controle da internet que é carinhosamente chamada de AI-5 digital? De qual partido é Yeda Crusius, que mobilizou a PM gaúcha para espionar uma deputada de oposição, inclusive suas crianças (via Idelber)? De qual partido é Beto Richa, que censurou sete pesquisas eleitorais, um blog e até um twitter? E o que dizer do Serra, que telefonou a Gilmar Mendes para que ele tomasse a decisão que o PSDB preferia, no que diz respeito aos documentos necessários à votação? Isso é respeito às instituições democráticas?
Você reprova a política externa do Lula, dizendo que ele desonra a democracia brasileira, privilegiando o diálogo com regimes fechados e ditatoriais. Então me responda: onde estava sua indignação quando FHC condecorou o ditador peruano Alberto Fujimori com a Ordem do Cruzeiro do Sul?

Você vê com maus olhos as alianças políticas do governo Lula e acha que isso é um argumento forte para não votar no PT. Eu também não gosto do Sarney, do Collor, do Calheiros, do Temer, do Hélio Costa. Preferiria que eles estivessem longe do poder. Mas já passamos da idade de acreditar em purismo ideológico, né? Isso é coisa de adolescente que descobre a política. Fazer política é fazer alianças, muitas das quais difíceis de serem engulidas. Vai me dizer que você gostava de ver o sociólogo da Sorbonne de mãos dadas com o PFL de ACM e cia.? Você gostava de ver o Renan Calheiros como Ministro da Justiça do FHC? Talvez você nem sequer goste do Índio da Costa… Bem vindo à real politik, mon ami.

E sim, você vai me falar da corrupção na gestão petista. É verdade. No que diz respeito ao combate à corrupção o governo Lula não foi virtuoso – longe disso. Houve mesmo bastante corrupção. O mensalão existiu, não foi invenção. Mas, será que a oposição é impoluta e pode mesmo posar de moralmente superiora? Lembra-se do Mensalão Mineiro e do Azeredo? Do Ricardo Sérgio de Oliveira, caixa do alto tucanato, que levou R$ 15 milhões na privatização da Vale? Dos R$ 400.000 a cada deputado que votou a favor da reeleição? E o esquema de corrupção e espionagem, revelado no escândalo dos grampos durante a privatização da Telebrás, envolvendo FHC, o presidente do BNDES (André Lara Resende) e Luiz Carlos Mendonça de Barros (ministro das Comunicações)? E a farra do Proer? E o favorecimento ilícito da Raytheon na instalação do SIVAM ? E a endinheirada relação entre Chico Lopes (ex-presidente do BC) e o banqueiro Salvatore Cacciola? E Eduardo Jorge, assessor pessoal de FHC envolvido em diversas negociatas, inclusive em “caixa dois” para a reeleição de FHC? Por favor, não me venha com essa conversa de que o PSDB não compactua com a corrupção.

Eu vou concordar com você que o Brasil precisa de investimento em infra-estrutura: portos, rodovias, aeroportos. Mas será que o governo que impôs à população brasileira o racionamento de energia é mesmo o mais preparado para conduzir esses avanços em infra-estrutura? Acho que não.

Mas talvez nenhuma dessas questões sobre economia, educação e gestão pública importem para você. Talvez o que mais lhe opõe à candidatura de Dilma Roussef sejam questões religiosas. Pode ser, por exemplo, que você se oponha à política petista em defesa dos direitos civis dos homossexuais. Você chama isso de “tentativa de implantação de uma ditadura gay no Brasil”. É engraçado ouvir que existe ditadura gay no Brasil das mulheres-fruta, das dançarinas de axé, da erotização infantil, das peladonas do carnaval, das bancas em que pululam revistas masculinas de orientação heterossexual. Fique tranqüilo, essas coisas vão continuar acontecendo e ninguém está propondo instituir o monopólio da G Magazine entre as revistas de entretenimento adulto (fugiremos juntos do Brasil quando isso acontecer, ok?). Estamos falando em este nder a uma pequena parcela da população os direitos civis desfrutados pela maioria. Nenhum governo do mundo tem poder para forçar alguém a assumir determinada sexualidade, porque os determinismos neurobiológicos da sexualidade passam ao largo da legislação dos homens – do contrário, eu acharia que os labradores machos lá do sítio da minha família só montam um no outro porque o governo PT apóia a causa homossexual (e eu desconfio que meus labradores não entendem muito bem o que seja o PL 122). A questão aqui é apenas garantir que a expressão de determinado comportamento sexual não seja discriminada. Isso não é forçar a população a ser homossexual, nem calar heterossexuais. O prefeito de Paris é gay, assim como o de Berlim e a Primeira Ministra da Islândia. Eu, heterossexual, não sofro por morar em uma cidade governada por um gay.

Aproveitando o tema, permita-me uma pergunta: o que aconteceria se, ao invés de se mobilizarem maciçamente contra o “casamento gay”, os evangélicos se movessem por coisas que importam, como metrôs, ensino público, bons hospitais e punição a corruptos? Por essas e outras, é que indicadores como mortes violentas, saneamento básico e crianças nas escolas são bem melhores em Paris do que em São Gonçalo, cidade do Brasil com maior concentração de evangélicos. A luta contra a miséria e os embates por educação, transporte e hospitais de qualidade não parecem sensibilizar evangélicos – mas se dois marmajos querem juntar escovas de dentes no mesmo copo do banheiro, aí eles entram na briga, né? Essa miopia política acívica atrasa o país. O Brasil se ria bem melhor para todos se os evangélicos batalhassem politicamente por coisas que realmente importam – e isso certamente não inclui ajustar o mundo aos estritos códigos comportamentais que defendem.
Há o aborto também. Você está certo: a Dilma é a favor do direito ao aborto (este vídeo é como batom na cueca, não tem o que discutir). Mas preste atenção: estamos tratando de uma eleição presidencial, não de um plebiscito sobre o aborto. E você sabe: o presidente não tem poder para assinar um papel e legalizar o aborto por conta própria, sem aprovação do Congresso, como se estivesse assinando uma ordem para comprar canetas Bic para escolas públicas. A discussão e a legislação sobre aborto são matéria do Congresso, não do presidente. Não misture as coisas. Não entre na onda dos que estão transformando essa eleição em um plebiscito.

O Brasil melhorou muito sob a égide de Lula. A imprensa mundial, dos veículos mais à esquerda aos mais à direita (tá aqui o Figaro que não me deixa mentir), saúda os avanços na Era Lula. Você dirá, com razão, que toda unanimidade é burra. Sim, é verdade. Mas isso não significa que toda forma de discordância é inteligente. Não é inteligente negar que, nos anos Lula, o Brasil se tornou um país socialmente mais justo e menos desigual. Isso é negar os fatos. E negar os fatos nunca é inteligente.
Você pode até não votar na Dilma, por razões várias. Eu, de minha parte, prefiro apoiar quem tem feito do Brasil um lugar melhor para o maior número possível dos filhos deste solo: os brasileiros.

* Leonardo de Souza é médico formado pela UFMG. Especialista em Neurologia, trabalha desde 2005 no Centro de Doenças Cognitivo-Comportamentais do Hospital da Pitié-Salpétriêre, em Paris. É doutorando em neurociências na Université Paris VI. Este texto foi publicado inicialmente em seu blog: aterceiramargemdosena.opsblog.org.